Com a queda na demanda – algo que já ocorria mesmo antes da pandemia – e a consequente redução na receita tarifária, os serviços de transporte público têm enfrentado a maior crise de sua história. Sem recursos e sem respostas efetivas por parte dos governos, o transporte público no país está à beira de um "apagão". Além dos problemas do lado da oferta, há o descompasso entre o valor das tarifas e os claros sinais de empobrecimento da população. Em artigo, Juciano Rodrigues e Pedro Bastos (Núcleo Rio de Janeiro) defendem uma agenda integrada com diversas esferas da sociedade e engajada em ações estruturadas de médio e longo prazo. Para os autores, as eleições de 2022 colocam a oportunidade para se discutir os caminhos rumo a uma (nova) mobilidade urbana, concebida de forma integrada à política de desenvolvimento urbano e que promova efetivamente maior acessibilidade, inclusão social e sustentabilidade ambiental. O texto integra a coluna "Reforma Urbana e Direito à Cidade: os desafios do desenvolvimento", parceria com o Le Monde Diplomatique Brasil. Confira!